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terça-feira, 20 de abril de 2010

Liderança,basta querer !


Como demonstram as inúmeras pesquisas na área de psicologia e o desenvolvimento profissional e as atuais teorias de gerenciamento e liderança, o ponto principal não está em fatores inatos, mas nas competências emocionais, que são competências suscetíveis de serem desenvolvidas na medida em que exista um real desejo. Portanto, para chegar a ser um bom líder, o que faz falta é DESEJAR SER UM BOM LÍDER.

Desta forma, permita-me que, ainda que ser um bom líder não seja nada fácil, tenha titulado o artigo dessa maneira, pois a intenção é torná-lo acessível, considerando-se cinco pautas.

1. PARA LIDERAR, O BÁSICO É TRANSMITIR CONFIANÇA E SINCERIDADE AOS DEMAIS
A confiança é à base de um clima motivador e positivo. A partir da confiança e da sinceridade, é mais fácil que as pessoas se desenvolvam e aumentem o potencial e o rendimento a longo prazo.

2. EMPATIA E INFLUÊNCIA
Já que liderança implica em influir no comportamento dos demais, a empatia e a influência são competências chave.

- A empatia tem como base o autoconhecimento e a capacidade de escutar e compreender valores, interesses e emoções dos demais e de responder a eles.

Algumas condutas de empatia seriam:

1. Compreender tanto os pontos fortes quanto as limitações dos demais.
2. Compreender o que motiva e o que desagrada os outros.
3. Perceber e interpretar adequadamente a comunicação não verbal e o tom emocional dos outros.

- A influência é a capacidade de conseguir que os demais sigam um plano ou linha de ação.
Algumas condutas neste sentido poderiam ser:

1. Sua comunicação destaca os benefícios que os demais podem obter.
2. Transmite uma visão atraente.
3. Faz um esforço para explicar as coisas para que todos entendam.
4. Gera ilusão e compromisso entre os membros de sua equipe.

3. IDENTIFICAR O ESTILO DE LIDERANÇA MAIS ADEQUADO À SITUAÇÂO

Se considerarmos Goleman, Boyatzis e McKee (2002), podemos falar de quatro estilos de liderança ressonante, ou seja, estilos que geram um clima positivo, e dos dissonantes, ou estilos que provocam energia negativa.

Situações em que cada estilo é mais eficiente:

1. Visionário: quando é preciso uma visão clara, nas situações de incertezas.
2. Coaching: quando devemos nos concentrar no desenvolvimento do potencial dos colaboradores a longo prazo.
3. Democrático: quando se precisa de consenso e participação.
4. Associativo: quando é necessário fortalecer vínculos, dar coesão às equipes ou administrar a diversidade em situações críticas.
5. Timoneiro: em questões técnicas ou entre profissionais motivados e competentes. Durante a primeira fase do ciclo vital de uma empresa em que o crescimento é essencial.
6. Autoritário: quando se vê obrigado a mudar os hábitos de uma organização que atravessa uma situação crítica ou precisa enfrentar uma emergência.

4. FLEXIBILIDADE DE ESTILOS.
Portanto, visto que cada estilo, inclusive os dissonantes, tem sua utilidade, a chave está na flexibilidade de estilos. Para saber que estilo é o mais adequado partiremos de uma boa leitura da situação.

Todos nós temos tendências. A flexibilidade, a capacidade para adaptar-se ou trocar a partir de uma correta leitura para ir além da tendência, é o que todo diretor deveria desenvolver para ser efetivo.

Mas a armadilha está em que muitas vezes acreditam fazer uma boa leitura da situação evitando o evidente, os resultados e o feedback que nos devolve o ambiente. Quando isto ocorre, podemos reconhecê-lo se, apesar dos intentos por nos adaptar, não conseguimos mais que sentir que vamos daqui para lá sem obter resultados satisfatórios ou, justamente o contrário, nos mantendo firmes e inflexíveis em nosso modo de atuar, fazendo “mais do mesmo” a situação ou os resultados não fazem mais que piorar.

Por isso, saber ler a situação é também uma aprendizagem.

5. DESENVOLVER AS COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS.
Conseguimos ser melhores líderes na medida em que desenvolvemos nossas competências emocionais, nossa inteligência emocional. A partir de identificar o estilo ou estilos próprios dominantes, podemos riscar um plano de aprendizagem que nos permita desenvolver as competências necessárias para exercer os outros estilos e assim obter a flexibilidade necessária que nos converta em líderes mais eficazes.

Competências nas que se baseiam cada estilo de liderança para ser efetivo:

+ Visionário: Empatia. Confiança em si mesmo e nos demais. Inspiração. Consciência de si mesmo. Capacidade para acelerar as mudanças. Transparência.
+ Coaching: Consciência de si mesmo. Empatia. Sinceridade. Criação de vínculos. Confiança no demais. Compreensão organizacional. Desenvolvimento dos demais.
+ Democrático: Trabalho em equipe. Gestão dos conflitos. Influência.
+ Afeição: Empatia. Colaboração. Gestão dos conflitos. Criação de vínculos.
+ Timoneiro: Orientação da conquista. Iniciativa.
+ Autoritário: Influência. Orientação a conquista. Iniciativa.

Podemos desenvolver estas competências através da própria observação, do feedback de colegas e subordinados, de leituras, de assistência a oficinas de liderança emocional, ou, ainda melhor, assistindo a um processo de coaching.

“O coaching é uma ferramenta que ajuda às pessoas a crescer profissionalmente para obter sua satisfação e a da organização. É um espaço coloquial planejado, indivíduo-indivíduo e confidencial, onde se facilitam novas leituras e percepções, se propícia a transformação permanente e se gera sabedoria”.

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